quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Entendendo: GAROTAS FANÁTICAS POR FUTEBOL!


Está comprovado. Futebol é coisa de mulher, sim. Pelo menos no Brasil. Uma pesquisa feita a pedido do GLOBO pela Sophia Mind, empresa do grupo Bolsa de Mulher, mostra que 80% das brasileiras torcem para algum time. Dessas, 30% acompanham de perto campeonatos e jogos, em especial os da seleção canarinho.
O levantamento foi feito em maio (2010), com 2.084 mulheres, entre 18 e 60 anos, em todo o país. Por ironia, os "culpados" pela paixão delas pelo esporte são justamente os maiores críticos dessa relação: os homens. É que, à exceção das que escolhem o time por conta própria (42%), o pai é quem mais influencia no clube de coração das filhas.
É o caso da gerente de marketing Juliana Cabral, flamenguista roxa graças ao pai e ao avô materno. "Meu avô me doutrinou quando criança. De tão fanático foi proibido pelos médicos de ir aos jogos devido a problemas cardíacos. Sou Flamengo até depois de morrer", diz ela, que se revolta ao lembrar a venda das cadeiras cativas da família no Maracanã. (...)

fonte: http://www.45graus.com.br/


AS ENTENDIDAS:

Nome: Aline  Alves Souza
Idade: 16 anos
Cidade: São Bernardo do Campo - SP.
Atividades: estudante do 3°ano do ensino médio e cursinho pré-vestibular

Aline mora em São Paulo mas é cruzeirense doente, paixão herdada do pai, já falecido.


Nome: Laís Benetton
Idade: 21 anos
Cidade: Varginha -MG
Atividades: Curso de Turismo e Hotelaria

O Futebol já estava na minha vida na escola, era o que salvava das aulas chatas.
Em 2000 eu passei a acompanhar mais os campeonatos na TV e Rádio e vi um Tricolor caindo, torcedores sofrendo, jogadores tristes e a esperança a flor da pele. A Máquina Tricolor não estava no melhor momento. Em 2002, três dias antes de a Seleção jogar a Final da Copa do Mundo, o único Tricolor foi campeão Carioca, eu fiquei feliz, era ano do centenário e eu nem sabia. Sem muito me importar algum tempo passou e foi num clássico que a primeira lágrima escorreu, eu chorava muito, senti uma coisa estranha e não conseguia me controlar, foi então que o Fluminense me escolheu para ser mais uma Tricolor das Laranjeiras.


Nome: Gabrielle Barbosa
Idade: 16 anos
Cidade: Campinas - SP
Atividades: Cursando o 2º ano do Ensino Médio

Minha paixão por futebol começou mais ou menos em 2005, quando o São Paulo ganhou a Libertadores e o Mundial. Meu pai ficava tão animado que eu queria saber o porquê, e ai comecei a assistir os jogos e comecei a aprender mais e a gostar mais também. Porém, sou são paulina desde pequena, por influência da minha família. Em uma época quando eu era pequena meus primos me convenceram a torcer pelo Corinthians, então por um tempo acabei virando corinthiana, mas logo depois voltei a torcer pelo São Paulo, e hoje meus familiares e alguns amigos já dizem que eu sou fanática.

1) Como é ser uma TORCEDORA, em uma sociedade em que, embora, as estatisticas mostrem que o número de mulheres que torcem cresce constantemente, os homens ainda acreditam que futebol é uma coisa pra eles?

Gabrielle: Eu não acho que futebol é uma coisa somente para os homens. Acho que a sociedade tem essa visão porque quem lota os estádios e quem joga nos times principais são eles, mas as mulheres estão começando a frequentar muito mais agora, e quando assunto é mulher e futebol sempre vai ter um pouco de preconceito. Não vejo problema nenhum em mulheres gostarem de futebol, e acho que temos que mostrar que também sabemos muita coisa sobre esse assunto, e tem muita mulher por aí que sabe mais que homem.

Laís: Torcedora todas são, vira folha tem de monte... Agora ser Tricolor exige um pouco mais. E quanto aos homens, a gente os faz acreditar que futebol é para eles.

Aline: Infelizmente não frequento estádio, por morar em São Paulo e torcer por um time mineiro, então sofro "preconceito" só com os amigos mesmo. É chato porque quando me conheçem e descobrem que gosto de futebol acham que sou burrinha e que só vejo futebol por causa dos bonitões (risos), mas na realidade eu entendo e por mais que seja difícil ver de cara, entendo um impedimento ou um lateral. Acho que isso de que futebol é só pra homem não existe mais, porque nós mulheres podemos fazer tudo que eles fazem e venhamos e convenhamos, até melhor!

2) Dizem que existem três coisas na vida que se não se discute: Religião, Política e Futebol. Entre mulheres torcedoras, dá pra manter a amizade sem perder o controle com os amigos que torcem pra times rivais ou "zoam" seu time por algum motivo?

Laís: Religião, Política e Futebol só os homens não conseguem discutir. Nós não levamos tão a sério essa coisa de brigar pelo time, a gente defende na medida, zoa as amigas e continua torcendo...

Aline: Dá, mas sem perder o controle é difícil. Desde pequena aprendi que cada um tem seu time, e temos que respeitar, então levo isso muito a sério, mas infelizmente acontece muito isso de falarem mal do meu time só porque é de outro estado, essas coisas. Na maioria das vezes escuto calada ou dou aquelas risadinhas tímidas. Só que quando revido também acabo perdendo a linha e isso as vezes leva umas semanas pra fazer as pazes (risos). Mas nada muito sério a ponto de perder a amizade. Acho que o importante é levar na esportiva e respeitar o gosto dos outros. Não há como agradar Gregos e Troianos né, mas pelo menos o respeito é fundamental.

 Gabrielle: Dá sim, a escolha de um time não influencia nas amizades. Cada um tem uma opinião sobre um determinado time, e se meus amigos escolheram torcer para times rivais do meu, não tem nenhum problema. Quando há um jogo entre esses dois times, a relação é bem descontraída, todo mundo zoa todo mundo falando que o time adversário vai perder. Mas também tem aqueles amigos que já levam futebol a sério, e aí eu acabo nem brincando pra pessoa não ficar brava. Futebol pra mim é lazer, não tem que ter brigar, muito menos com os amigos.


3) Existiu algum momento, fosse em jogo ou em algum acontecimento relativo ao seu time, em que você percebeu de vez que esse é realmente um amor INCONDICIONAL?


Aline: Olha, comecei a acompanhar futebol de verdade quando tinha 13 anos e foi depois que não tinha mais figura masculina em casa, porque meu pai faleceu e eu era muito nova, então acabei aprendendo a gostar de futebol ao ver meus amigos assistindo.  Acho que sempre que o Cruzeiro disputa Libertadores é uma emoção insana, o coração vai na boca a cada jogo e cada vitória, querendo ou não nos deixa com aquele arzinho "superior" hehe. Em 2009, quando perdemos a Libertadores eu fiquei arrasada, mesmo. Tinha passado aquele dia ansiosa, com o grito de campeão entalado na garganta, vesti o manto sagrado, assisti a todos os lances atentamente, roi as unhas, gritei, chorei mas não deu. Infelizmente o título foi pro Estudiantes e a torcida acabou se calando em pleno Mineirão. Acho que aquele dia eu entendi de verdade que amar um clube não é só na alegria, na dor a gente também sofre e está ali dando o apoio. Aquele sentimento era muito maior do que um clube ou jogadores. Era realmente algo de outro mundo, incondicional.

 
Gabrielle: Em 2010 o São Paulo chegou a semi-final da Libertadores da América, e jogamos contra o Internacional. No jogo de ida perdemos de 1x0, e no jogo de volta, eu estava tão confiante que o tricolor ia ganhar, nunca estive tão confiante num jogo, e no fim nós ganhamos de 2x1, mas o Inter levou vantagem por um gol feito fora de casa, então acabamos desclassificados. Esse dia lembro que chorei muito e fiquei bem triste, mas ao mesmo tempo feliz pois pelo menos tínhamos jogado bem e tentado ir pra final. E nesse dia percebi o quando São Paulo é especial pra mim. Eu ouço muito as pessoas falarem que só existe são paulino no mundo por causa dos títulos. Os títulos me dão orgulho de ser são paulina, mas nesse jogo contra o Inter eu percebi o quanto eu amava meu time, e que nunca iria abandoná-lo, pois uma derrota me deixa mais forte. Eu não mudo de time por nada nesse mundo, porque o tricolor é meu motivo de alegria, e eu amo muito o São Paulo Futebol Clube. Meu maior orgulho é dizer que faço parte dessa nação!

Laís: Durante todos os jogos ganhando ou perdendo sempre Fluzão, mas com certeza os jogos da Libertadores/2008 marcaram bastante.


Dá pra perceber que meninas não estão nem um pouco preocupadas com o título de que futebol é coisa pros garotos né? O negócio é saber torcer, aproveitar as alegrias que nosso time nos dá, sofrer um pouquinho ( porque faz parte né? rs) e viver esse sentimento saudavelmente, sem agredir torcedores dos times rivais e etc.

Nota: @ChellyPassos = Cruzeirense @PaolaPatricio = Atléticana!
Ta ai a prova de que times adversários e uma grande amizade podem andar lado a lado! o/

Acessem: http://www.futebolparameninas.com.br

Esse é um site feito por meninas, que é atualizado diariamente com informações sobre o mundo da bola. Estamos aguardando respostas das meninas e assim que elas chegarem, colocaremos a entrevista com elas aqui nesse post.


domingo, 4 de setembro de 2011

Entendendo: GAROTAS QUE AMAM ESCREVER





"Escrita ou grafia consiste na utilização de sinais (símbolos) para exprimir as ideias humanas. A grafia é uma tecnologia de comunicação, historicamente criada e desenvolvida na sociedade humana, e basicamente consiste em registrar marcas em um suporte."
Fonte: Wikipedia
Para muitas pessoas a escrita é uma forma de expressar sentimentos, extravasar emoções ou até mesmo se libertar de certas coisas que doem no peito ou até mesmo alegram. Pensando nisso, resolvi entrevistar quatro garotas que adoram essa linda e doce forma de se comunicar com o mundo!

São elas:

Nome: Larissa Siriani
Idade: 19 anos
Cidade: São Paulo
Hobby: Cinéfela e leitora compulsiva, estuda Cinema e se dedica a um blog voltado aos dois dos seus maiores vícios. 

Larissa é autora dos livros Toda Garota Quer, As Bruxas de Oxford, Vermelho Sangue e muito mais!
Conheçam mais a Larissa em:


Nome: Bárbara Dewet
Idade: 24 anos
Cidade: Rio de Janeiro
Hobby: Gosta de repetir cenas dos filmes que gosta até cansar, ouve a música que gosta diversas vezes seguidas e assiste a séries de TV.

Bárbara é autora do livro Sábado a Noite e mantém um site pessoal onde nele encontra-se o hotsite do seu livro.



Nome: Rachel Costa
Idade: 28 anos
Cidade: Rio de Janeiro
Hobby: Assistir filmes.

Rachel é autora do livro The Colt's Secrets (O Segredo dos Colt). Esse é o primeiro livro da sua  trilogia.
Ela ainda mantém o blog It Cultura: 



Nome: Débora Luiza Vasconcelos

Idade: 14 anos

Cidade: Belo Horizonte

Hobby: Adora ver filmes, se pudesse faria isso o dia todo.




1) Como e quando vocês começaram a escrever?

Larissa: Teoricamente comecei a escrever com mais afinco quando tinha 13 anos, mas na real, meu primeiro conto é de quando eu tinha 7. Comecei fazendo histórias em quadrinhos, mas desisti porque nunca fui muito boa em desenhar. Ai parti pra continhos pequenos, que foram crescendo ao longo do tempo.

Bárbara: Como comecei a ler muito pequena, a escrita foi bem natural. Sempre fui muito criativa, bolava mil mundos mágicos na cabeça e aos poucos passei pro papel. Comecei mesmo, mostrando pras pessoas e considerando histórias de verdade, com mais ou menos 15 anos. Escrevia fanfics de Harry Potter! Adorava, foi uma ótima escola. Aprendi a lidar com críticas, comentários, etc. Depois disso, me voltei para outros públicos, mas nunca deixando de escrever o que gosto.

Rachel: Eu escrevia muito quando era criança, mas conforme fui crescendo parei de fazer isso, deixei de lado mesmo. Então alguns anos atrás, quando Twilight foi lançado, eu comecei a escrever fanfics e não parei mais. Então considero meu início mais ou menos por volta de 2008, movido pela paixão por uma série. Só assim eu percebi que gostava mesmo de escrever e o mais importante, que as pessoas gostavam do que eu escrevia.

Débora: Comecei a escrever quando eu conheci crepúsculo, veio uma ideia e comecei a digitar no computar, e isso foi virando uma FanFic, e acabei gostando disso e passei a querer mais e mais escrever novos capítulos e histórias. 

2) Com a era da informática muitas pessoas preferem escrever de forma abreviada, assassinando o português. E vocês, preferem o bom e velho papel e caneta ou o computador?

Débora: Eu, particularmente prefiro o computador já que é bem mais prático passar tudo o que está no word pro site, mas claro que quando não meu notebook do lado, eu pego minha agenda e vou começando a escrever, é incrível, no meio da aula começo a escrever um capitulo inteiro de uma história, ou até mesmo no ônibus, isso é legal, mas depois bate aquela preguiça de passar tudo pro site e tal, mas é muito bom ter essas duas opções. 

Rachel: Sou preguiçosa, logo, sou mais adepta ao computador mesmo. Detesto qualquer tipo de erro de português e acho o "internetês" algo para ser usado apenas de forma casual, quando é preciso escrever rápido, no twitter ou mensagens pequenas. Só. Acho que para por aí, né? Hoje em dia as pessoas, principalmente os jovens, aderiram de vez à linguagem de internet e a trouxeram para o convívio social. Dá tristeza, mas é a verdade. Lógico que não sou um gênio e também cometo meus erros, mas para isso há o corretor ortográfico do Word, inúmeros dicionários online e até mesmo amigos que podem revisar um texto para nós.  

Bárbara: Admito que o papel e caneta hoje em dia me dão preguiça. Quando escrevia com 15, 16 anos o caderno era meu melhor amigo. Mesmo. Hoje eu mal consigo digitar em um laptop, só no computador. Acho que a era da informática deixou escritores preguiçosos! Haha 

Larissa: Depende. Eu gosto muito de escrever a mão, mas o computador me poupa um tremendo trabalho. Meus dedos calejados que o digam! Tudo depende de como eu começo a história - se eu começar a escrevê-la a mão, tenho que terminar assim. O mesmo se começar no computador. 

3) Qual é o melhor momento para escrever e por quê?

Bárbara: De madrugada. É quando vem as idéias mirabolantes e a vontade de escrever. Eu sempre quis saber o motivo, de verdade. Sou uma negação tentando escrever em outros horários - mas imagina o que isso faz com meu rendimento do dia? Um ciclo! 

Larissa: Qualquer momento em que a ideia esteja bem fresca na minha cabeça. Isso às vezes significa fazer anotações nas provas e perder aulas inteiras pra escrever algumas páginas, mas não tem nada melhor. Se eu espero até chegar em casa, ou esqueço ou não sai tão legal quanto eu tinha imaginado. 

Débora: Acho que quando você está sozinho, por que assim você consegue viajar no personagem, literalmente se imaginar dentro da história, e convenhamos que escrever com alguém por trás lendo, não é lá muito agradável, mas quando surge a inspiração - que pra mim é um pouco rara - não deixo de escrever em público. 

Rachel: No meu caso, é de madrugada, quando todos vão dormir e a casa fica mais silenciosa. Minha família é barulhenta, escandalosa. Isso tira minha concentração o tempo todo rs. Sou daquelas que adoraria se isolar no meio do mato para poder escrever um livro. 

4) Vocês acham que a escrita é o melhor meio de comunicação? Por quê?

Rachel: Depende da pessoa, na minha opinião. Eu sinceramente não sou muito boa na hora de falar. Sou um pouco tímida e desajeitada, então logicamente me garanto muito mais na hora de escrever. Outras pessoas, porém, só conseguem se comunicar adequadamente na hora de abrir a boca, como meu irmão, que tem uma lábia que convence qualquer um. rs 

Débora: Com Certeza, porque as palavras servem justamente para demonstrar o que a fala não consegue expressar, é um jeito novo de se abrir com as pessoas, de falar tudo o que sente, mas sem pensar se a pessoa que esta lendo vai rir ao ver o que está se passando, ela te compreende, e isso é um poder que a fala não tem.

Larissa: Pra mim é, porque eu tenho dificuldade em me expressar verbalmente. Eu sou do tipo que tem o discurso perfeito preparado, mas não consegue falar sem gaguejar ou soar realmente idiota. De toda forma eu sempre acho que escrevendo aquilo que eu quero dizer eu me faço entender melhor.

Bárbara: Se não o melhor, um dos melhores. Eu, que sou muito afobada e ansiosa, só consigo me comunicar bem através da escrita. Sou péssima conversando! Sou daquelas que arruma briga por sms só pra poder ter seu tempo de falar o que quer e que você sabe que está sendo lido, entende? Acho que a escrita e leitura te dão um  tempo que, talvez, outras artes não dêem. Você pode pensar por si próprio, avaliar o que leu, tirar suas idéias e conclusões, ler novamente... da mesma forma com quem escreve. 

Por essa pequena entrevista podemos perceber que apesar delas terem o msmo gosto pela escrita, cada uma tem a sua particularidade na hora de escrever. E acredito que como elas, muitas meninas também são assim.

Para vocês que gostam de escrever, tem muitas ideias mas, ainda não as passam para o papel, ai seguem alguns links com dicas para soltar o "verbo":